Perseguida anos a fio pelos jornalistas com a pergunta "Maria Anadon, porquê o Jazz?", Maria
grava o seu primeiro C.D., em 1995 intitulando-o de "Why Jazz?". Acompanhando pelo quarteto feminino norte-americano Unpredictable Nature, na contracapa responde: That's Why!". Este trabalho, gravado em inglês, foi contemplado pelo Ministério da Cultura com manifesto de interesse Cultural.
Por outro lado a crítica teceu comentários como "As Luzes da ribalta de um teatro imaginário poderiam iluminar a música de Maria Anadon" (Independente),
"Anadon canta bem como Ella, Carmen e Sarah" (Visão), "Anadon, é um vendaval Português de suavidade" (Marie Claire), "Maria espreguiça-se com saber e sentir nos tempos, e tem uma voz clara, terna e quente"(Diário de Noticias), "...com a nauralidade de quem sente cada palavra que diz, mas também cada nota que ouve" (Expresso), ou ainda, " A voz sempre como cumplice, em vez de patroa dos instrumentos.." (Público).
"Cem anos"
Entretanto surge "Cem Anos", o segundo C.D., a editado pela Movieplay/Grove, um trabalho cem por cento Português e que consiste na recriação e devolução à contemporaneadade, de
temas que serviram de bandas sonoras ao Cinema Português.
A voz de Maria, é assim o fio condutor que atravessa um século de história, com músicas que datam desde 1918, de compositores como: António Pinho Vargas, Carlos Paredes, Manuel Jorge Veloso ou Tomás Pimentel entre outros.
Para algumas composições que originalmente não apresentavam texto, foram convidados poetas e letristas contemporâneos, outras a voz é totalmente utilizada como instrumento fazendo naipe com os metais.
"Cem Anos" é um trabalho Lusitano que recolhe influências várias: o Fado de Lisboa, o cheiro a Café de África, os sons da América Latina e o ambiente dos clubes de jazz de New Orleans.
Também este trabalho foi merecedor do Manifesto de Interesse Cultural.
Os concertos, consistem na fusão dos dois trabalhos discográficos, denunciando assim a universalidade do Jazz em momentos mágicos, como o da colagem dos temas "Caravan" e "Verdes Anos".
A aceitação deste trabalho é anunciado pelas primeiras críticas das apresentações ao vivo. Victor Afonso escreve, "O Feitiço de Maria Anadon.. a sua voz tem enfeitiçado críticos e plateias", "O sexteto de Maria Anadon, por uma noite alternativa!".
Em paralelo, inicia o seu trabalho o Maestro António Saiote, onde interpreta e grava ao vivo, alguns temas do cinema Norte-Americano acompanhada pela Orquestra Invicta de Clarinetes.
"Terra de Zeca""Viagem de um som"